“- Estás em Braga desde os seis anos. Tens agora quase 24. Fazendo contas muito rápidas, estás em Braga há 18 anos…
- Sim, é verdade…
- Evoluiu muito desde o tempo em que cá chegaste até agora?
- … para pior!
- Para pior?
- Acho que há um crescimento de betão mais forte e confesso que cada vez detesto mais Braga.
- O espaço físico não te agrada?
- Sim, para não falar do resto, mas sim, constroem, constroem, constroem e não sei para quê. (…) Braga é uma cidade parada. Há uns dias ouvia o Rui Reininho (vocalista dos GNR) dizer que ‘Lisboa é uma mulher bonita e o Porto um gajo porreiro’. Eu não sei o que dizer de Braga…
- Se calhar é um filho bastardo ou um neto deserdado…
- … ou uma freira (risos)…”
“ – O teu primeiro prémio (com o conto “Eu quero ser Trapezista”, aos 19 anos) valeu-te 80 contos…
- Sim, foi óptimo…
- … gastaste 30 deles em livros…
- Sim, na ‘Centésima Página’…
- Lembraste quais foram os livros que compraste na altura?
- Hmm… Não me lembro bem. Sei que foram do Tchekov, Dostoievski, que admiro muito… (…)
- São autores que te agradam particularmente?
- Sim, os escritores russos, búlgaros, checos – os de leste - fascinam-me, é o tipo de escrita que se algum dia for verdadeira escritora (risos) é por aí que quero seguir, porque eles têm uma característica muito especial para mim… São simples, não andam com floreados nem descrições muito… (pausa) Não são uma seca!!"
(Excertos da conversa com Inês Vinagre, 'escritora' bracarense, em nova edição do "Cafeína"... A versão integral estará disponível, em breve, no sítio do programa na Internet).
Tuesday, July 31, 2007
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1 comment:
hahaha, interessante..sobretudo as referências a Braga, lol.Ouvirei na íntegra quando puder;)
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