Wednesday, July 25, 2007

"hoje é dia de coisas simples..."

A culpa é da (excelente) Assírio e Alvim, que teima em não deixar esquecer os valores da poesia nacional (senão veja-se e leia-se a nova publicação, recentemente editada, da Poesia Inglesa de Fernando Pessoa, com organização de Richard Zenith e tradução de Luísa Freire…).
Está no mercado livreiro mais um excelente manancial dos mais representativos escritos do poeta Al Berto. ”Dispersos” reúne textos sem “uma exaustiva preocupação na recolha dos mesmo”, publicados durante os anos de genialidade do autor e com a “conexão que sempre mediou a compliação dos seus escritos”.

A Assírio traça assim o perfil do poeta que deixou (muito cedo) de o ser:

"Nasceu em Coimbra, no ano de 1948, com o nome Alberto Raposo Pidwell Tavares, mas foi em Sines que viveu toda a sua infância e adolescência. Completou o ensino secundário na Escola António Arroio, em Lisboa, rumando depois a Bruxelas, em cuja École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre) estudou pintura (de 1967 a 1971). (...) Findo o exílio, regressou a Portugal em Novembro de 1974, e nesse mesmo ano escreveu o seu primeiro livro inteiramente em português, À Procura do Vento num Jardim d’Agosto. Para além deste, publicou outros volumes de poesia, entre os quais Salsugem (1984) e Horto de Incêndio (1997), e também os livros de prosa Lunário (1988), O Anjo Mudo (1993) e Apresentação da Noite (2006). O Medo, antologia do trabalho poético de Al Berto desde 1974, é o livro fulcral para a compreensão e conhecimento da sua obra (...). Faleceu a 13 de Junho de 1997. "


…Comprei O Medo há pouco tempo, na Centésima Página… Custou-me 40 euros, numa edição impecavelmente negra, com mais de 600 páginas… É o retrato fiel de um homem que, diz, “deixou incompletos textos para uma ópera, para um livro de fotografia sobre Portugal e uma «falsa autobiografia»".


Há umas semanas fiz um “Cafeína Especial Al Berto” por ocasião do 10º aniversário da sua morte…

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