João Negreiros ou a arte em jeito de pessoa...

Estamos perante um artista sobredotado. Se dúvidas houver, olhe-se o impressionante curriculum do actor e encenador João Negreiros: aos 16 anos escreveu a primeira peça de teatro e o seu primeiro livro de poesia, “Horas Extraordinárias”, saiu pouco depois. Hoje, aos 31 anos, tem quatro livros já publicados e, pelo meio, alinhou em peças teatrais, escrita e encenação para o Teatro Universitário do Minho e gravação de um trabalho áudio com leitura de poemas de autores nacionais.

Ele é o convidado do próximo programa, em que saberemos ainda o que pensa ele da nova vida do Theatro Circo, como vê as actuais companhias teatrais do país e o que pensa do sucesso dos espectáculos de Filipe La Féria…

Novos artistas em nova conversa....

O Público diz ser “um dos mais curiosos álbuns nacionais de 2007”. A verdade é que o primeiro longa duração (LP) dos Tropa Macaca, “Marfim”, é, na realidade, tudo menos convencional. Apostados em perpetuar a qualidade do som original, herança que passou de pais para filhos, editaram agora o primeiro trabalho em vinil pela Ruby Red. O LP, por seu turno, não é mais que um conjunto de três músicas de 20 minutos cada.

Joana da Conceição e André Abel são as figuras por trás do conceito e depois de terem feito a primeira parte dos norte-americanos “Psychic Ills” no Passos Manuel, no Porto, apresentam, na primeira pessoa, o seu “Marfim” aos microfones da RUm, sábado, às 21h...

Volta depressa!!!

(volto em breve... fica a promessa com um café ao lado, que não deixa mentir...)

Entraves temporais...

Depois de uma ausência em severo trabalho, voltamos à carga com uma explicação prévia... Por imperativos climatéricos, o programa da semana passada não foi para o ar, mas estará disponível, brevemente, no espaço do Cafeína na net, mesmo aqui...

Os ingredientes são fáceis de enunciar....Uma conversa com o artista plástico André Sousa, com uma exposição em Lisboa e a frequentar actualmente uma residência artística em Bristol, na Inglaterra! A ouvir...

E na próxima semana mais duas vozes, uma conversa, o mesmo espaço, à mesma hora... Mais novidades dentro de alguns dias...

Prólogo de uma (boa) conversa de café...

Um artista plástico nunca consegue definir bem a sua (ou qualquer) arte. André Sousa não é excepção. Nasceu no Porto, vive no Porto, trabalha no Porto (pode, sendo assim, falar-se de paixão?...), mas está de malas feitas para Bristol (pode então falar-se em desilusão?...) onde vai integrar, até Novembro, uma residência artística na cidade inglesa. Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (que diz não lhe agradar particularmente, devido ao ensino surpreendentemente teórico), é um dos grandes nomes da nova onda artística da zona Norte, tendo um curriculum de exposições invejável – do qual fazem parte exposições em espaços alternativos da cidade do Porto.

Actualmente, é ainda co responsável pelo espaço PêSSEGOpráSEMANA, e dirige o MAD WOMAN IN THE ATTIC, no Porto, desde Fevereiro de 2005. Tem uma exposição patente no edifício da Culturgest, em Lisboa. Chama-lhe (e chama-se) “Império”, que pretende que seja um verdadeiro “Império das Artes”, e fica patente até 28 de Setembro.

A obra do artista está em http://i-am-andre-sousa.blogspot.com/ e sábado, às 21 horas, é ele o convidado do “Cafeína”, para mais uma “conversa de café” na antena da RUm!

"Bjork.Songs"

A autoria do filme cabe a Lars Von Trier (o jornal Público considerou-o, há tempos, o pior filme do cineasta dinamarquês)... Do filme muito se falou, da música nem tanto. "Dancer in the Dark" conta com uma banda sonora assinada e interpretada pela protagonista do filme, a islandesa Bjork... Chamou ao álbum "Selmasongs" e é um misto de genialidade e egocentrismo, onde tudo gira em volta da voz da cantora, como se ela comandasse - e mandasse - os instrumentos com um só olhar... Sete temas, com colaborações de luxo, como Catherine Deneuve, em "Cvalda", Thom Yorke no (fulgurante) "I've Seen It All" ou Siobhan Fallon em "107 Steps" (reparem na contagem prévia e arrepiem-se com o dramatismo da voz...)

E tudo isto a propósito dos grandes discos que se podem comprar em saldos, perdidos entre complilações de música caribenha, música popular portuguesa, discos estragados, e com preço máximo de cinco euros... A FNAC - o grande supermercado da cultura - está em saldos... E lá pode encontrar-se tudo! Como (se tiverem sorte...) a banda sonora do filme "Dancer in the Dark", datada de 2000!!

Salvador Dalí no Porto...

Ele está no Palácio do Freixo, no Porto, até 4 de Novembro. Com ele trouxe 285 peças, entre desenhos, esculturas e quadros originais, propriedade da Fondazione Metropolitana de Milão, Itália

A entrada é feita mediante o pagamento de quatro euros para público em geral; dois para seniores e clientes da Caixa Geral de Depósitos (!!); e gratuita para crianças até aos 12 anos...

Para lembrar...

Não gosta que comparem a sua voz à de Tiago Bettencourt (dos Toranja) porque, diz, "cada um tem a sua própria maneira de cantar". E acrescenta que, actualmente, não há novas vozes portuguesas que lhe agradem particularmente.

Depois do projecto "MadCab" e do EP "Clarabóia", surge agora com "Tartaruga", segundo trabalho de originais em nome próprio. Azevedo Silva e Filipe Grácio – guitarrista que o acompanha neste projecto – são os convidados do próximo "Cafeína". Sábado, às 21h, na RUM!

O café do passado sábado...

"- Estudaste em Coimbra, conhecida por bravas lutas académicas. Foi lá que descobriste o gosto pela política?
- Não. Eu desde muito cedo que teria umas pontas de rebeldia...
- Isso notava-se em quê? Em partir carros? (risos)

- Não, partir carros não... Por acaso não... Em miúdo fazes aquela brincadeiras normais de crianças de campo, com os animais, mas nada de muito grave...

- Nunca afogaste o gatinho no tanque? (risos)

- Não, não... Por acaso a minha avó fazia isso, mais por controlo de natalidade dos felinos lá da zona...

- Voltando à política...

- Sim... A primeira grande luta que participei foi contra a PGA - Prova Geral de Acesso -, em que toda a gente tinha que fazer e congregava uma seríe de eixos transversais e era fundamental para o acesso ao ensino superior..."

"- Porquê a escolha do Bloco de Esquerda?

- Julgo que o Bloco congrega um conjunto de pessoas que, à esquerda, combate melhor o capitalismo. A formação inicial do Bloco congregava o maior conjunto de partidos políticos da extrema esquerda... Quanto a mim, estou de acordo com o que batalha o Bloco de Esquerda...

- É o partido com que te identificas mais...

- Sim, e com o qual queria (e quero) trabalhar... Mas isto não é a mesma coisa que ser adepto de um clube de futebol, é necessário trabalho e enquanto for necessário aqui vou continuar no BE, a ajudar..."

(Excertos da conversa com Daniel Martins, membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda e representante distrital da juventude do partido em Braga, a ouvir aqui mesmo! Espero feedback vosso...)

"Correspondentes"...

a) Para aqueles que, como eu, tiveram que trabalhar...
b) Para aqueles que, por qualquer razão - financeira, geográfica, temporária... - não puderam comparecer à chamada...
c) Mesmo para aqueles que não gostam de festivais de Verão...

... eles detalham à exaustão o que se passou por lá... É inevitável não ler!!!

Duas conversas, uma certeza...

Azevedo Silva esteve em Braga ontem - numa actuação instimista, para não mais que 40 pessoas, no espaço alternativo Velha-a-Branca - e houve gente que não quis deixar passar a data em vão!!

O Rascunho fez-lhe ume entrevista (que pode ser lida aqui)...

E o Cafeína gravou uma conversa com Azevedo Silva e Filipe Grácio, guitarrista que o acompanha , a passar no próximo sábado...

Em causa, o novo disco, Tartaruga... A ler e a ouvir com atenção!!!

Propriedades...

"- 37º elemento?
- É aquele que dá sabor ao café...
- Conheces os outros 36?
- Desconfio..."

Um café radiofónico com sabor político...

Diz ter o sonho de transformar o mundo. Utopia? Talvez a atenção acentuada ao mundo o ajude. Talvez a filiação no Bloco de Esquerda lhe permita encontrar (ou pelo menos lutar por) esse mundo mais igualitário.

Falaremos de política, indubitavelmente. Mas falaremos de arte, música, de convicções, dos Estados Unidos (onde estudou) e da Alemanha (onde estagiou)…
Daniel Martins, 29 anos, membro da mesa nacional do Bloco de Esquerda (BE) e responsável da distrital pela juventude do BE de Braga, é o convidado do próximo “Cafeína”. Sábado, às 21h, na RUm!

Fanzines II...

Acaba se sair a nova (e primeira) fanzine da Beira Interior...
Chama-se 'Dormitório', é da responsabilidade da Asta - Associação de Teatro e Outras Artes -, da Covilhã, e tem o cunho do Sérgio Novo e de Mário Gomes...

Este número primeiro (depois de um bem sucedido número zero...) apresenta textos pessoais e intimistas de diversos colaboradores (incluindo o autor deste blogue, que compilou numa página uma seríe de aforismos desordenados e tratou-os como se de um tratado disforme se tratasse...), numa impecável impressão que tem pouco de artesanal, mas facilita a leitura e o manuseamento...

A entidade responsável conta com verbas várias do Instituto das Artes e do Ministério da Cultura, e apresenta, com periodicidade constante, peças de teatro, instalações e participações em diversas actividades (ainda agora estarão representados com um espectáculo na 29ª edição da Citemor, em Montemor-o-Velho).

(Infelizmente não havia foto disponível da dita fanzine. Por isso, a notícia é acompanhada por imagens de espectáculos da ASTA em tempos anteriores...)

Coisas da vida...

"- Porque tens um blogue?
- Para expiar os meus medos...
- Deixas-me confuso..."

Mais uma conversa de café...

“- Estás em Braga desde os seis anos. Tens agora quase 24. Fazendo contas muito rápidas, estás em Braga há 18 anos…
- Sim, é verdade…
- Evoluiu muito desde o tempo em que cá chegaste até agora?
- … para pior!
- Para pior?
- Acho que há um crescimento de betão mais forte e confesso que cada vez detesto mais Braga.
- O espaço físico não te agrada?
- Sim, para não falar do resto, mas sim, constroem, constroem, constroem e não sei para quê. (…) Braga é uma cidade parada. Há uns dias ouvia o Rui Reininho (vocalista dos GNR) dizer que ‘Lisboa é uma mulher bonita e o Porto um gajo porreiro’. Eu não sei o que dizer de Braga…
- Se calhar é um filho bastardo ou um neto deserdado…
- … ou uma freira (risos)…”


“ – O teu primeiro prémio (com o conto “Eu quero ser Trapezista”, aos 19 anos) valeu-te 80 contos…
- Sim, foi óptimo…
- … gastaste 30 deles em livros…
- Sim, na ‘Centésima Página’…
- Lembraste quais foram os livros que compraste na altura?
- Hmm… Não me lembro bem. Sei que foram do Tchekov, Dostoievski, que admiro muito… (…)
- São autores que te agradam particularmente?
- Sim, os escritores russos, búlgaros, checos – os de leste - fascinam-me, é o tipo de escrita que se algum dia for verdadeira escritora (risos) é por aí que quero seguir, porque eles têm uma característica muito especial para mim… São simples, não andam com floreados nem descrições muito… (pausa) Não são uma seca!!"

(Excertos da conversa com Inês Vinagre, 'escritora' bracarense, em nova edição do "Cafeína"... A versão integral estará disponível, em breve, no sítio do programa na Internet).

Festival Multi-Étnico no Alentejo...

Durante mais de uma semana, as Músicas do Mundo invadiram Sines e Porto Covo, em pleno litoral alentejano, com mais uma edição do "Festival Músicas do Mundo"... Este ano, o evento teve um total acumulado que oscilou entre 75000 e 80000 espectadores!!!

Ele esteve lá... E mostra aqui o que todos perdemos!! Para o ano, espera-se, há mais…

Domingo numa "Câmara Clara"...

Um café, afinal, pode ser mais que um simples café... O Câmara Clara desta noite (22h40, RTP2), traz uma conversa sobre cafés e escritores, a relação e diferenças entre eles... Um programa que conta com as intervenções (brilhantes, espera-se...) de Manuela de Melo e Fernando Lopes, moderadas pela mão de Paula Moura Pinheiro... O último programa antes das férias traz ainda música, cinema, artes plásticas...

P.S. - Adivinhem porque será este, provavelmente, o meu programa preferido de toda a seríe transmitida...

Uma questão de estética...

"- Porque usas [parênteses rectos]?
- São esteticamente mais bonitos..."

Numa "Praça de Touros" ucraniana...

O espectáculo, de Alexej Schipenko, está em cena até sábado, no Espaço Alternativo PT... É uma produção da Companhia de Teatro de Braga (CTB) e surge depois de "Doroteia", "Morte de Judas", "Buraco" e "Pára-me de Repente", todas elas no Theatro Circo, em Braga.

A sinopse da peça versa assim:

"Um actor, uma mulher-toureiro e Alguém, um promotor sem programa... E uma questão: o que é uma profissão? Possivelmente, nada mais do que uma tentativa de morrer em conformidade com meia dúzia de regras. Se algum sentido existe nisso, ele permanece escondido. Mas, apesar disso, a pergunta coloca-se, quando a vigília se cruza com o sonho. Finalmente, a mulher-a-dias chega e vê-se confrontada com os factos. Elisabete Piecho em três papéis: como mulher, que não consegue usar o homem tal qual ele é, como Maria, que já não pode ter um filho, e como observadora do seu próprio fracasso.

Ficha Artística/Técnica:
Texto e encenação – Alexej Schipenko

Actores – Elisabete Piecho, Rogério Boane, Rui Madeira

Tradução – Helena Guimarães e Regina Guimarães

Cenografia e figurinos – Alexej Schipenko e Marta Silva

Organização musical – Alexej Schipenko

Desenho de luz – Alexej Schipenko

Grafismo – Carlos Sampaio e Alexej Schipenko

Fotografias – Manuel Correia"

O espectáculo é recomendado para adultos (maiores de 18 anos) e os bilhetes custam dez euros, com os habituais descontos para estudantes e reformados, baixando para metade do preço tabelado (cinco euros).

Contudo, gostaria de ganhar bilhetes duplos para a peça 'Praça de Touros'? A CTB sorteia entre os interessados bilhetes duplos para assistir ao espectáculo...

E não se atrasem... 21h45m, Espaço Alternativo PT, até sábado!

(O "Cafeína" conversou, há umas emissões atrás, com Jaime Soares, membro da CTB, sobre o espectáculo "Pára-me de Repente", de Vergílio Alberto Vieira. A ouvir!)

"hoje é dia de coisas simples..."

A culpa é da (excelente) Assírio e Alvim, que teima em não deixar esquecer os valores da poesia nacional (senão veja-se e leia-se a nova publicação, recentemente editada, da Poesia Inglesa de Fernando Pessoa, com organização de Richard Zenith e tradução de Luísa Freire…).
Está no mercado livreiro mais um excelente manancial dos mais representativos escritos do poeta Al Berto. ”Dispersos” reúne textos sem “uma exaustiva preocupação na recolha dos mesmo”, publicados durante os anos de genialidade do autor e com a “conexão que sempre mediou a compliação dos seus escritos”.

A Assírio traça assim o perfil do poeta que deixou (muito cedo) de o ser:

"Nasceu em Coimbra, no ano de 1948, com o nome Alberto Raposo Pidwell Tavares, mas foi em Sines que viveu toda a sua infância e adolescência. Completou o ensino secundário na Escola António Arroio, em Lisboa, rumando depois a Bruxelas, em cuja École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre) estudou pintura (de 1967 a 1971). (...) Findo o exílio, regressou a Portugal em Novembro de 1974, e nesse mesmo ano escreveu o seu primeiro livro inteiramente em português, À Procura do Vento num Jardim d’Agosto. Para além deste, publicou outros volumes de poesia, entre os quais Salsugem (1984) e Horto de Incêndio (1997), e também os livros de prosa Lunário (1988), O Anjo Mudo (1993) e Apresentação da Noite (2006). O Medo, antologia do trabalho poético de Al Berto desde 1974, é o livro fulcral para a compreensão e conhecimento da sua obra (...). Faleceu a 13 de Junho de 1997. "


…Comprei O Medo há pouco tempo, na Centésima Página… Custou-me 40 euros, numa edição impecavelmente negra, com mais de 600 páginas… É o retrato fiel de um homem que, diz, “deixou incompletos textos para uma ópera, para um livro de fotografia sobre Portugal e uma «falsa autobiografia»".


Há umas semanas fiz um “Cafeína Especial Al Berto” por ocasião do 10º aniversário da sua morte…

A conversa (de café) que se segue...

Usa um gorro azul desde os 15 anos, e não o larga, agora que tem 23. Convenceu-se que ele simboliza “a recusa em deixar de ser adolescente”. Talvez por isso, aos 19 anos, aventurou-se na escrita de um conto infantil. Chamou-lhe ‘Eu quero ser trapezista’. A estreia auspiciosa valeu-lhe o Prémio Ferreira de Castro e um cheque de 80 contos. Na ocasião, gastou 30 deles em livros. Três anos depois, um novo conto, ‘A Casa’. Tinha então 22 anos. Um novo prémio, desta feita o ‘Jovens Criadores 2005’ e o reconhecimento como um novo valor na literatura para crianças, jovens e adultos.

Inês Vinagre, professora primária recém licenciada e terceira filha de uma família nómada – a mesma que mudou de casa doze vezes e que decidiu assentar arraias em Braga há sete anos –, é a convidada do próximo “Cafeína”.Uma conversa entre livros infantis, literatura de Tchekov, Dostoievsky e Oscar Wilde, música dos Beatles e a sua última viagem à Irlanda. Sábado, às 21h, na RUm!

Festival à Beira-Rio Tabuão...

Está confirmado o alinhamento completo para a edição deste ano do Festival Heineken - Paredes de Coura, a realizar de 12 a 15 de Agosto:

12 de Agosto

Palco After-Hours

Devotchka
Simian Mobile Disco

13 de Agosto
Palco Heineken
Sparta
Mando Diao
Blasted Mechanism
New Young Pony Club
M.I.A
Babyshambles

Palco Ibero Sounds
Slimmy
The Blows

Palco After Hours
Guns n' Bombs
Crystal Castels

Jazz na Relva
ZAPPA_Low Budget Research Kitten


14 de Agosto
Palco Heineken
Dinosaur Jr
New York Dolls
Mão Morta

Architecture In Helsinki
Gogol Bordello
Spoon

Palco Ibero Sounds
Mundo Cão
6 PM

Palco After Hours
DJ Ai
Foreign Islands

Jazz na Relva
Paulo Barros 4tet


15 de Agosto
Palco Heineken
Sonic Youth
Cansei de Ser Sexy
The Sunshine Underground
Electrelane
Peter, Bjorn & John
Linda Martini

Palco Ibero Sounds
Born A Lion
The Right Ons

Palco After Hours
Boys Noize

Jazz na Relva
Fanfarra Recreativa e Improvisada Colher de Sopa

Os bilhetes já estão à venda... (sítio oficial do festival aqui)

Fanzines... (parte I)

"'Locus' foi uma banda de metal que existiu entre 2000 e 2003!

Voz: Mauro Cerqueira;
Guitarra: Dennis;
Guitarra: Carlos;
Baixo: Zeca;
Bateria: Nuno;
Teclas: João;


Depois de muitos e muitos dias fechados numa garagem situada no Monte da Penha, o sonho de gravarmos as músicas nunca aconteceu. E é por isso que agora resolvi pegar no material produzido pela banda, para lhe dar uma nova vida e um novo olhar após todos estes anos.


Aproveitando o facto de este ano ter a unidade curricular de som digital, fiz uma pequena "limpeza" nas gravações de um ensaio gravado com um mini-disc e o resultado é o seguinte: uma Fanzine, que inclui um Cd com 6 músicas e ainda um Myspace com as imagens da Fanzine, dos concertos e 4 músicas para ouvirem!"
M.C.

As palavras são do artista plástico Mauro Cerqueira, que esteve à conversa no “Cafeína” no passado dia 7 de Julho e que surge com mais um projecto editorial (em nome e produção próprios). Uma edição limitada a 100 unidades, com preço de cinco euros, à venda na Matéria Prima (no edifício Artes em Partes, no Porto) e que traz um CD bónus com seis músicas de um dos (muitos) projectos do Mauro (dêem uma vista de olhos no Myspace dos Flanela de Tal para comprovarem a premissa anterior). A não perder.

Excertos de uma (boa) conversa...

"- Lembraste o que te levou à República Checa durante um ano?
- Fui para lá pelo Milan Kundera, por causa dos livros dele. Li e fui à procura de muitas coisas que acreditava que existiam lá. Mas o povo checo tem uma abertura diferente. São mais fechados e é difícil sermos integrados no meio deles, andava praticamente no meio dos estrangeiros que viviam lá. Não convidam para irmos a casa deles... e esse quentinho faz falta, percebes?"

"- Estudaste cinema e fotografia na República Checa...
- Sim, estudei fotografia lá, frequentei aulas numa escola de fotografia...
- E a paixão, nasceu lá ou já a levavas daqui?
- Já levava daqui, sim. Aliás, isso está escrito num texto que fiz para uma exposição, o 'Untitled Short Films', numa sinopse e começava por dizer que sou apaixonada por imagens de filmes, por fotografia de cinema. Tens ali uns postais da Atalanta (risos), quando a Atalanta ainda fazia postais, e era isso que me encantava, misturar a ficção com a realidade e foi surgindo assim. É um gosto que se vai solificando mais..."

"- Proponho-te dois desafios...
- Ui...
- Vamos ao primeiro. Falamos do Porto?
- O que quiseres...
- O que é para ti o Porto? Uma casa?
- Sim, uma casa. Só. Até porque espero deixar o Porto em breve. Vou morar para Londres.
- Quando?
- Para breve. Depois de resolver um pequeno problema que me prende aqui e que tenho que resolver para viajar descansada.
- E numa palavra... Fotografia para ti é...
- Comunicar. Sim, é isso. Comunicar"

(excertos da conversa com Teresa Sá, fotógrafa, esta semana, no "Cafeína". A versão integral está disponível aqui)

Ode ao lirismo puro...

"To me, life has always felt like a place reverberating with all kinds of shrieking and laughing things. At some point I learned that my role as a singer was to be a storyteller, a shape shifter." (Faun Fables)

É num misto de teatro e música (onde é que já ouvi/ouvimos isto?...) que assenta - literalmente... - a vida e obra dos Faun Fables, um lirismo aparentemente conexo e/ou desconexo de simplicidade e complexidade - presente nas letras, na maneira como escrevem a vida, nos sons obsoletos e audivelmente 'old story' - que escorre por uma singeleza como não se faz mais... Alguém se lembraria de, a meio da música, colocar pequenos pássaros empoleirados e ordenados e obrigá-los a cantar ao tom da mesma?

"The Transit Rider", disco multifacetado (multi + faceta + do + ?), tem data de 2006, é o último da 'companhia', mas não estranharíamos se recuassemos 60 anos e nos dissessem que datava de 1946, pós trauma e medo da Guerra Mundial... A culpa é dela (o dedo indicador indicia um início de indecência indescrítivel e indelével da iniquidade da intéprete)... dela, de Dawn McCarthy... da voz sumida de 'Alice' caindo no poço do coelho das horas... Já que falamos nisso... Toda a música daria um espectáculo (musical) digno dos botequins de esquina ao fim de semana, teatro animados com final triste, lágrima de pierrot e um comboio a afastar-se ao longe... cai o pano... "Dream on a train" lembra tudo isso... e tocaram(-no) no Theatro Circo, em Abril passado (ainda te recordas onde estavas a 4 de Abril, às 21h30?)

E porque não parar em "I'd Like to Be"? Fecha o disco e fecha o sonho e fecha o sorriso... Abre o mar, ao longe... "Horizonte aberto, meu capitão", parece gritar o jovem marujo (curioso e feliz da vida, com brilho no olhar) ao decrépito e decadente olhar do capitão, que o deixou de ser há muito - a mulher trocou-o por um cadete bem mais apessoado e a filha há muito que lhe deixou de olhar no olhos, prefere a vida fácil e o dinheiro ganho nos locais de má vida...

Quarto albúm de originais, depois de três em nome próprio, um outro em parceira com o (delicioso) Bonnie 'Prince' Billy e um dvd musical (teatral?) em colaboração com nomes grandes, este "The Transit Rider" merece uma paragem... e um abraço ao jovem capitão, que nada mais tem senão chorar a "morte" da mulher e o embaraço da "filha", olhando o mar...

(Site oficial aqui)

Gogol Bordello ou um resumo de vida em festa....

O folcrore ucraniano e o circo urbano a caminho de Portugal...

Os dois novos (velhos) amores...

Este...

Ou este?...



A indecisão da RUm quanto ao melhor álbum português (até ao momento)...

E a grande descoberta...

"Depois do desastre de Chernobyl, Eugene Hütz viaja durante sete anos pela Europa para fugir à radioactividade. Essas viagens dão-lhe um conhecimento profundo da música e da opressão do povo cigano. A ideia de inseminar a música Rom com a vibração punk começa no Velho Continente, mas é em Nova Iorque, para onde emigra nos anos 90, que se consuma em definitivo. Aí, em 1999, junta-se a dois russos no violino e acordeão, duas vozes / percussionistas de ascendência asiática, um guitarrista e um baixista israelitas e um baterista americano, para formar uma banda que passa depressa da animação de casamentos para os melhores clubes da Big Apple. “Frontman” imparável, Hütz inventa uma música de protesto com referências ciganas, punk e dub-reggae, mas também laivos de metal, cabaret e klezmer. Melhor grupo das Américas nos últimos prémios da BBC Radio 3, os Gogol já têm três discos (o último e, talvez, melhor, é “Gypsy Punks Underdog World Strike”, de 2005), mas não há como vê-los ao vivo. Com um novo disco em fase de lançamento exactamente quando vêm a Sines, a fechar o FMM no Castelo, com fogo-de-artifício, Sines terá esse privilégio."

Evgeny Nikolaev (Hütz), voz e guitarra

Oren Kaplan, guitarra
Yury Lemeshev, acordeão

Sergey Ryabtsev, violino

Eliot Ferguson, bateria

Pamela Racine, dança e percussão

Elisabeth Sun, dança e percussão

Thomas Gobena, baixo

O que gira cá em casa...

Ele toca com insistência

nestes últimos dias…

O (novo) talento que se segue...

O seu trabalho conta já com a Menção Especial Novo Talento FNAC Fotografia 2006; uma distinção pela 'magazine' londrina "Gommamag"; o prémio Jovens Criadores 2005; e o segundo prémio do concurso Festivídeo, em 2005. Actualmente, o país acompanha "My own private wonderland" (do qual faz parte a fotografia acima representada), um projecto "pessoal, em que a mulher expressa o seu mundo imaginário e espreita por dentro de espelho para entrar em si". Um trabalho fortemente influenciado pela estética narrativa da escritora inglesa Jane Austen.
Sábado, às 21h, o "Cafeína" recebe a fotógrafa Teresa Sá no espaço 'A minha primeira vez' – espaço de difusão de novos talentos –, em registo intimista e 'auto-fotográfico'. A não perder!...

- Para quando novidades tuas?

- Prometo voltar em breve...

Cafeína - Emissão 13 de Maio

Convidados da emissão:
Rodrigo Cardoso, responsável da editora "Bor-land"
( www.bor-land.com)
Lúcia Nunes, radialista e mentora da promotora "Team Judas" (www.team.jud.as)

Conceito: Às voltas com a (nova) música indie...

Convidados Musicais:

The Verve
CocoRosie
Micro Audio Waves
d3o
Portishead

Cafeína - Emissão 6 de Maio

Convidados:
Ana Caeiro e Marisa Silva, do espaço "Maria vai com as outras"
Rui Quintela, da loja "Louie Louie"
Rosali Van Duin, da "Retroparadise"

Conceito:
A nova vida da Rua do Almada...

Convidados Musicais:
PJ Harvey
Broken Social Scene
Elvis Costello
José Gonzalez
Robert Wyatt
Mêtro
Alla Pollaca

Uma (excelente) ideia...

Esta é uma das melhores ideias que surgiu nos últimos anos em Portugal (para a Elsa Garcia e para o Miguel de Matos, directores da revista, esta foi a melhor ideia do milénio...). Senão, pensem comigo... Um publicação que alia o corpo humano, a arte contemporânea, notas agridoces de um erotismo exacerbado... gostoso... tamanho semi A3... papel brilhante, daquele que dá prazer tocar, e tocar, e tocar... Capas que enchem o olhar, provocadoras, contra mentes quadradas, a favor de mentes libertinas e levianas... O símbolo justifica a premissa (reparem lá no canto superior direito e digam se não tenho razão)...

Pormenores sensitivos à parte...

Este é já o número 20... numa média de quatro por ano.... cinco e tal vezes muitos... e é só fazer as contas... :D

Cinco anos... inovadores, combativos, obstinados... muito obstinados... Uma ideia de dois jornalistas que rapidamente se estendeu a todos os interessados... tema comum... erotismo na arte...corpo humano em sintonia (quase) perfeita... arte como o expoente (máximo) de uma cultura... Imagens que podem chocar os leitores mais desprevenidos (ou as leitoras mais frígidas, como diria um amigo meu...)

Das circunstâncias aos factos... A última edição desta publicação traz uma mão cheia de novidades e coisas boas ao olhar...

• A fotografia de Eva Muller, artista alemã (e acrescento eu, deliciosa... senão entrem em www.evamueller.com )
• O design provocador de Ana Mir
• Xcèntric, cinema ou entretenimento? (http://www.cccb.org/xcentric/homeg.htm)
• e ainda laivos de genialidade de Amadeu Baptista ("umbigo: sala dos actos") e Pedro Paixão ("vou comprar um televisor")

... E muitos outros assuntos apetitosos que vale a pena degustar devagar...

Noites longas...

(sem cronologias ou "alfabetices" bacocas)

À Patricia Barber, Keely Smith e à adorada Kent, às veteranas Billie Holliday e Anita Oday, Sarah Vaughn e Diana Krall, às loiríssimas Peggy Lee e Katrine Madsen, a Madeleine Peyroux (cantado em francês cai melhor...), às impronunciáveis Solveig Slettahjell e Rigmor Gustafsson, às Lauras (hispânicas, López Castro e Fygi), às desconhecidas (como é bom tê-las só para mim....) Flora Purim e Malene, às "caras-de-anjo" Lisa Ekdahl e Eliane Elias, a Inger Marie Gundersen e Ute Lemper, à "mãe" Ella Fitzgerald e à "filha" Robin Mckelle, da improvisada Maria João à inesperada Katie Melua...

...À fina flor do jazz vocal feminino...

Obrigado! :)

Passo a passo...

http://www.rum.pt/index.php?option=com_conteudo&task=item_list&catid=67

O caminho para as boas ideias...

"Cafeína" virtual...

"Está na hora de todos perceberem o que andam a perder..." Foi este o mote para a criação de um novo "ponto de encontro"... diário... intimista...viciante... que se quer responsável... ou nem tanto... Depois de 5 meses (leram bem, cinco meses) a partilhar bons vícios musicais e boas conversas com muitas (e boas) personagens da nossa cultura em geral (urbana em particular, como eu gosto das variantes que uma dada arte adquire quando pensada dentro de uma cidade...), chegou o momento... Cinco meses longe da rede é muito tempo... E decidimos abrir o espectro auditivo ao visual... Não me vão ver na rádio, não me vão ver a praguejar contra o microfone mal colocado ou contra a música que não foi a escolhida, não vão ouvir os meus sorrisos benevolentes e bem dispostos enquanto falo com alguém... Mas vão acompanhar mais de perto os detalhes que passam ao lado de um qualquer programa de rádio... Os pormenores, as obras de arte, os meus vícios visuais... "Preparados para a grande viagem? Apertem os cintos e deixem-se levar..."

Só mais uma pormenor... Os alinhamentos, as sugestões, os bons comentários, as críticas... Tudo cabe neste blogue, que nasceu de um programa de rádio na RUM e já se espalhou além éter...

Amanhã, à mesma hora e no mesmo "ponto de encontro virtual"? :P

Ah, quanto à citação que inicia este post, não se enganem... Era o meu subconsciente!!!